Futuro do trabalho se conecta à inteligência emocional e à inteligência artificial
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É possível estabelecer um ambiente de cooperação, mesmo entre empresas concorrentes? Tomás de Lara diz que sim
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23/08/2019
O mundo dos negócios definitivamente mudou. Ou melhor, continua em transformação, compondo cenários que até pouco tempo atrás seriam inimagináveis. Por exemplo: empresas concorrentes podem se unir e trabalhar em torno de um objetivo comum? O tecelão de redes e organizações, e professor em cursos de inovação econômica no Brasil e outros países, Tomás de Lara diz que sim.
O ambiente de cooperação entre empresas que concorrem existe e é o que se chama de pré-competição. Vou dar o exemplo de Coca-Cola, Pepsi e Ambev, as três maiores produtoras de bebidas da América Latina, que se juntaram para mudar a cultura de venda de refrigerantes. Elas fizeram um pacto privado para não mais vender refrigerantes a crianças menores de 12 anos nas escolas. Ou seja, antes de ir ao mercado, as empresas fazem um acordo que está alinhado com os novos momentos, explica.
A gente sabe que vender refrigerantes de forma indiscriminada para crianças não é algo bom, devido aos problemas que o açúcar traz, como a obesidade infantil. Esse desafio não é só um desafio do governo ou da sociedade, mas também das empresas. Elas também são responsáveis e precisam entender os desafios sociais e ambientais e seu papel nesse processo, acrescenta.
Ele ressalta que, cada vez mais, os consumidores exercem o poder de escolha. Os consumidores têm o poder de voto, que é o dinheiro, e quando eles começam a se perguntar como a empresa fez determinado produto ou serviço, como trata seus funcionários, como vê seus fornecedores, se tornam mais conscientes e decidem onde vão colocar seu dinheiro, aponta.
Conforme Tomás de Lara, a adoção de uma nova postura será fundamental para a sobrevivência das organizações. Em muitos casos, as empresas que não tiverem essas boas práticas vão acabar saindo do mercado, uma hora ou outra. Por isso, a importância de as empresas conhecerem seu impacto socioambiental e a partir disso buscar um plano de melhoria contínua e se alinhar à linguagem comum global, que são os ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável , o maior projeto colaborativo da ONU (Organização das Nações Unidas). Mais de um milhão de pessoas participaram, mais de 1,5 mil especialistas e foi assinado por 193 países, enfatiza.
Participação na Expomais
Esse novo cenário econômico, o Sistema B e a sobrevivência no mercado vão compor a palestra Economia Colaborativa e Sustentável: Empresas Resilientes para o Século XXI, que Tomás de Lara vai proferir em Criciúma no dia 26 de setembro, na Expomais.
O evento ocorre nos dias 25 e 26 de setembro, na Associação Empresarial de Criciúma (Acic), uma das cocriadoras, ao lado de Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, Esucri, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) campus Criciúma, Satc, Sebrae, Senac, Senai e Unesc. Este ano, a Expomais recebe o reforço dos apresentadores Nações Shopping e Sicredi e conta com diversos apoiadores.
(Assessoria de Comunicação - Expomais 2019)